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Um caso preocupante envolvendo um menor de idade e jogos de azar online veio à tona em Dores de Campos. O pai de um menino de apenas 12 anos procurou a nossa reportagem desesperado. Ele relata que o filho desenvolveu um vício em jogos virtuais de apostas, conhecidos popularmente como “jogo do tigrinho”. O mais alarmante é que, para alimentar o vício, o garoto teria furtado mais de R$ 2 mil dos próprios pais. Segundo o pai, o menino acessava os jogos utilizando o celular da família e, aos poucos, começou a transferir dinheiro das contas dos pais sem autorização. “A gente percebeu a falta do dinheiro e, quando fomos investigar, descobrimos que ele estava jogando escondido, apostando valores cada vez maiores”, contou, visivelmente abalado. A situação evidencia um problema crescente no país: o fácil acesso de crianças e adolescentes a plataformas de jogos de azar online, muitas vezes travestidos de entretenimento.
Apesar da proibição legal para menores de 18 anos, esses jogos continuam amplamente acessíveis por meio de links em redes sociais, influenciadores digitais e até propagandas disfarçadas. Especialistas alertam que esse tipo de vício pode ter consequências graves para o desenvolvimento emocional e social dos jovens. “Jogos de aposta ativam mecanismos de recompensa no cérebro semelhantes aos de substâncias químicas, o que pode levar à compulsão. Em crianças e adolescentes, esse risco é ainda maior por conta da imaturidade emocional”, explica a psicóloga Ana Lúcia Ferreira, especialista em comportamento infanto-juvenil. O pai do menino afirma que a família agora busca ajuda psicológica e orientação legal. Ele também faz um apelo a outros pais: “Fiquem atentos aos celulares dos seus filhos, conversem com eles, monitorem o que acessam. O prejuízo financeiro é grande, mas o mais grave é ver o meu filho envolvido nisso tão novo”, destacou.
