Num mundo cada vez mais desigual, onde metade da população mundial luta para sobreviver com menos do que o mínimo necessário, parece insustentável que uma minoria concentrada de super-ricos continue acumulando fortunas bilionárias — muitas vezes sem qualquer contribuição proporcional ao bem coletivo. Por isso, sim, devemos taxar os super-ricos. A ideia não é nova, mas é urgente. Grandes fortunas geram lucros vultosos que, na maioria dos casos, crescem sem depender diretamente do esforço de quem os possui. Enquanto um trabalhador paga impostos altos sobre sua renda e consumo, muitos bilionários usam brechas legais, paraísos fiscais e estruturas empresariais para pagar quase nada. Isso é injusto. Isso é insustentável. A taxação dos super-ricos é uma medida que busca justiça fiscal. Não se trata de punir o sucesso ou demonizar quem enriqueceu, mas de fazer com que todos contribuam de forma equilibrada com o desenvolvimento do país.
O Brasil, por exemplo, é uma das poucas grandes economias do mundo que ainda não possui um imposto sobre grandes fortunas. Com essa arrecadação, seria possível investir mais em saúde, educação, infraestrutura e programas de combate à pobreza. Seria uma forma concreta de enfrentar a desigualdade histórica que marca nossa sociedade. A concentração extrema de riqueza não é sinal de eficiência econômica, mas de um sistema falho, que permite a poucos manterem privilégios enquanto a maioria enfrenta dificuldades diárias. Taxar os super-ricos é, portanto, uma decisão ética, política e econômica — para um país mais justo, solidário e sustentável. Não é uma escolha radical. É uma escolha racional.
É a nossa opinião!
Jornalista Ricardo Arruda.

Esta é uma discussão antiga nas economias abertas do mundo. Mas carrega uma aura mais de inveja do que justiça. Traz o ranço do Brasil colônia de maldizer o enriquecimento alheio. A verdade é que quem é rico já paga muito imposto neste Brasil. País que mais onera empresas com impostos de toda sorte. E toda vez que países ricos da Europa tentaram tomar esta medida assistiu a fuga de ricos para países vizinhos. Exemplos podem ser lidos na rede mundial de computadores.