Encenador dorense está brilhando com a “Cidade Cega” em Paris

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O ator dorense Carlos Alberto Ferreira está fazendo muito sucesso nos palcos de Paris na França com o grupo Noz Cego, que está apresentado na capital francesa a experiência Cidade Cega. Criada no ano de 2015 em Salvador (Bahia), Cidade Cega permite ao público entrar no cotidiano de um deficiente visual. Com os olhos vendados, a plateia é guiada por quatro atores, sendo três cegos, através de ruas impregnadas de barreiras, como postes, jardins e calçadas desniveladas. Porém, segundo o encenador Carlos Alberto Ferreira, a proposta vai além.

“A encenação tem o caráter de envolver os demais sentidos. Não se trata somente de se abordar a questão da acessibilidade. A meu ver, a acessibilidade já deveria fazer parte intrínseca do trabalho dos políticos, arquitetos e engenheiros. (…) Nós queremos incitar o público a interagir com o outro. É uma questão de alteridade. Como podemos ser altruístas no mundo de hoje, quando não queremos mais ver os problemas? A cegueira atual parece ter se instalado de tal maneira que nós não queremos ver o problema dos imigrantes, da pobreza, e os problemas que a própria urbe cria na questão da acessibilidade. Enfim, é uma forma de tirar as vendas. Nós vendamos os olhos do público para que, no final da encenação, ele possa tirar as vendas e se dar conta da relação dele com a cidade. Porque nós também somos cidade”, explica Ferreira.

A reação do público

Em Paris pela primeira vez, o Noz Cego vai se apresentar duas vezes na Cidade Universitária e outras duas no largo em frente ao Centro Cultural Georges Pompidou. Pela experiência da trupe, a primeira reação do público será o medo.

“Eles têm medo de participar de uma experiência como essa porque, sem ter lido nada de antemão, eles ficam surpresos ao se deparar com atores cegos! Depois, quando a venda é aceita e eles começam a participar da experiência, o corpo trava. Eles têm medo de andar (às cegas) pela rua. Têm medo dos carros, têm medo de rato, barata. Têm medo de se machucar. No final, quando as vendas são retiradas, ele querem conhecer a pessoa que os guiou. Porque eles criam uma relação de confiança com o guia. E, nesse caso, não há melhor guia que um cego, que “enxerga” o mundo de uma outra maneira”, conclui Ferreira. Agora, resta saber como os franceses verão a experiência de não poder ver.

Veja a entrevista do dorense para a Rádio França Internacional (RFI), em Paris. 

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4 Comentários

  1. LUIZ ILDEFONSO AUGUSTO DA SILVA (LUIZ DO VENCO)

    O CARLOS ALBERTO É MUITO DEDICADO NO QUE FAZ, ELE VAI LONGE E PODEM TER CERTEZA FARÁ MUITO SUCESSO NO BRASIL E JÁ ESTA FAZENDO NA EUROPA.

    OS ADMINISTRADORES MUNICIPAIS DEVAM FICAR ATENTOS NOS TEMAS QUE ELE ESCREVE, PRINCIPALMENTE FOCANDO A CULTURA QUE POSSUI POUCO INCENTIVO EM NOSSO PAIS.

    ALÉM DE SER FILHO DO JOÃO BOSCO É PRIMO DA DANA EL FAREDA QUE RECENTEMENTE FOI CAMPEÃ MUNDIAL NO EGITO EM DANÇAS ÁRABES.

  2. Parabéns Carlos, vc merece tudo de melhor pois vc não mede esforços para conseguir alcançar os seus objetivos. Estes netos do Venco são o orgulho da família. Carlos Alberto (filho do João Bosco do Venco) brilha em Paris e Dana el fareda ( filha do Luiz do Venco) brilha no Egito e Dubai . Esta dupla de primos vão longe , pois fazem o que gostam , são talentosos e proporcionam alegria, emoção e encanto à quem os prestigiam . Sucesso meus queridos.

  3. Clauder Antônio Malta

    Parabéns ao Carlos Alberto !!! Como é bom escutarmos notícias de Dorenses , que se deram bem através da Cultura e da Arte, em uma cidade onde Cultura e Arte são deixados de lado, quando temos uma notícia desta nos enchemos de orgulho !!!

  4. Wendy Campos de Ávila

    Parabéns Carlo Alberto! É muito bom ver um dorense se destacando com seu trabalho dessa forma. Que seus caminhos sejam abençoados com muito sucesso!

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