Em cada esquina, em cada pedra do calçamento, há uma história de Dores de Campos. Gerações passam, lideranças se sucedem, nomes entram e saem da cena pública, mas o que permanece é a cidade — com sua alma, seu trabalho e sua dignidade.
Dois homens se revezaram no poder por 24 anos: José Maria Reginaldo da Silva e Afonso de Melo Mayrink. Foram tempos de disputas acirradas, de paixões políticas intensas e de muitas transformações. Hoje, a nova geração só os conhece pela história — pelos relatos de quem viveu aquele período e viu de perto o quanto a política local moldou o destino da nossa terra.
O povo é passageiro. Nós todos somos. Os cargos, as funções e até as divergências políticas têm prazo de validade. Mas Dores de Campos, com sua força e identidade, resiste ao tempo. Ela é maior do que qualquer governo, maior do que qualquer interesse individual.
É preciso, portanto, lembrar que quem assume o dever público o faz para servir, e não para se servir. As conquistas que ficam são aquelas feitas com amor à terra e respeito às pessoas. O resto é vento — passa, se perde e logo é esquecido. Dores de Campos é feita por quem a ama. Que cada um de nós, em nossa passagem, saiba deixar algo de bom, de justo e de verdadeiro. Porque o povo é passageiro, mas Dores de Campos não.
