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Cinco Estados brasileiros concentram o maior risco econômico caso os Estados Unidos cumpram a ameaça do presidente Donald Trump de impor tarifas de 50% sobre as exportações brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio Grande do Sul. Juntos, eles representaram mais de 70% das vendas brasileiras para os EUA nos primeiros seis meses de 2025.
Minas Gerais, por exemplo, exportou cerca de US$ 2,5 bilhões no período, o equivalente a 12,4% do total nacional, com destaque para produtos como café não-torrado, ferro gusa e máquinas de energia elétrica. Uma tarifa tão pesada pode comprometer seriamente a competitividade do Estado e afetar diretamente o setor produtivo, a arrecadação estadual e milhares de empregos.
A medida anunciada por Trump é considerada por especialistas uma retaliação protecionista que desrespeita princípios do comércio internacional e ignora o histórico de parceria entre os dois países. O Brasil, que é um dos maiores exportadores agrícolas e industriais do hemisfério sul, pode e deve reagir com base na Lei de Reciprocidade Econômica, já aprovada pelo Congresso Nacional.
A tentativa do governo norte-americano de criar barreiras unilaterais para pressionar países parceiros é mais uma amostra do isolacionismo agressivo promovido por Trump. Em vez de diálogo e cooperação, aposta-se em ameaças e sanções. O Brasil precisa se posicionar com firmeza: não é colônia de ninguém.
