Com investimento de R$ 15 milhões, foi inaugurada nesta quinta-feira (19), a unidade da Marluvas na cidade de Oliveira, na região Centro-Oeste de Minas Gerais. A expectativa, com o crescimento da produção, é gerar cerca de 300 empregos diretos. A capacidade instalada é de 250 mil pares por mês de botas de PVC e calçados de couro. A Marluvas conta com outras oito unidades em Minas Gerais e a previsão é inaugurar a décima em fevereiro de 2020 em Campo Belo, também no Centro-Oeste de Minas, onde serão investidos entre R$ 10 milhões e R$ 15 milhões.
De acordo com o CEO da Marluvas, Denilton José da Silva, as expectativas em relação ao mercado de atuação são positivas. Para este ano, a previsão é encerrar com alta entre 5% e 7% no faturamento. “A expectativa é a melhor possível. Estamos confiantes de que o mercado vai melhorar com a nova equipe econômica do governo. Acreditamos que, em breve, teremos a retomada da confiança do empresariado e, como consequência, um incremento das vendas e do consumo. Estamos inaugurando a nona unidade produtiva da empresa, sendo todas em Minas Gerais, e estamos com a décima em andamento no município de Campo Belo”.
Ainda conforme Denílton, a unidade de Campo Belo terá uma distribuidora de luvas e fábrica. A previsão é investir em torno de R$ 10 a R$ 15 milhões, com estimativa de inauguração para fevereiro de 2020. “O galpão em que iremos instalar a unidade já está em obras e a unidade de distribuição em funcionamento provisório. A expectativa é iniciar a fabricação em fevereiro de 2020”.
A unidade de Oliveira é especializada na produção de botas de PVC e calçados de couro. A capacidade instalada é de 250 mil pares por mês. A produção será voltada para o mercado interno e exportações, principalmente para países da América do Sul e América Central. As unidades da empresa estão distribuídas no interior de Minas, segundo Denílton, a escolha das localidades leva em conta vários fatores, mas um dos principais é menor competição por mão de obra.
“A estratégia que utilizamos para instalar novos projetos são cidades menores onde não tem competição formal pela mão de obra. Escolhemos localidades onde não tem muitas indústrias. Nestes municípios, os projetos são abraçados com mais vontade e dedicação. Além disso, conseguimos capacitar e reter a mão de obra. A retenção do conhecimento é fundamental para qualquer organização, principalmente, para ganharmos em produtividade”.
Arrecadação – De acordo com a prefeita de Oliveira, Cristine Lasmar (MDB), a instalação da unidade da Marluvas é importante para o desenvolvimento do município. Além da geração de 300 empregos diretos, o que movimenta toda a economia da cidade, haverá maior arrecadação de impostos. Até o momento, já foram contratadas cerca de 80 funcionários. A expectativa é ampliar o quadro de pessoas conforme a produção for crescendo.
“É uma grande satisfação inaugurar a fábrica, principalmente, em um momento de crise econômica. Vamos gerar empregos e renda e, isso, tem um impacto muito positivo na economia da região. Para que a empresa instalasse a unidade na cidade, fizemos um investimento próximo a R$ 10 milhões na aquisição, reforma e ampliação do galpão, que tem cerca de 8 mil metros quadrados”, disse Cristine.
Indi – A analista de promoção de investimentos da Agência de Promoção de Investimento e Comércio Exterior de Minas Gerais (Indi), Larissa Batista, explica que a Marluvas é atendida pela agência desde 2010 e já inaugurou oito fábricas, todas em municípios pequenos de Minas Gerais. Os investimentos nestas oito inaugurações ficaram em torno de R$ 36 milhões.
“A Marluvas tem um perfil de desenvolvimento diferenciado, priorizando as instalações em municípios com população menor. O objetivo também é promover o desenvolvimento da economia regional. Onde ela instala uma unidade, vemos um ganho na qualidade de vida”, explicou Larissa.
Segundo o gerente de negócios do Indi, Renato Garcia, a agência trabalha em busca de novos investimentos para o Estado. “O Indi tem banco de dados de imóveis e sempre que uma empresa quer fazer um investimento no Estado, como a Marluvas, por exemplo, elas sempre pedem que o Indi localize a estrutura física. Trabalhamos na busca e no contato com as prefeituras para localizar o melhor município e espaço que o investimento necessita”.
Unidades – Além da Matriz em Dores de Campos, a Marluvas tem unidades em Prados, Capitão Enéas, Piedade do Rio Grande, Cruzília, Madre de Deus de Minas, São Vicente de Minas, Minduri e agora Oliveira, todas em pleno funcionamento.