Na manhã desta quarta-feira (17/09), o ex-deputado estadual João Alberto (MDB), que em 2016 buscou aproximação política com o MDB de Dores de Campos, mas foi vetado na época pelo então presidente do partido, Adriano Lopes, foi preso em Belo Horizonte pela Polícia Federal, durante a Operação Rejeito.
A ação, realizada em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU), o Ministério Público Federal (MPF) e a Receita Federal, cumpre 22 ordens de prisão e 79 mandados de busca e apreensão em diversas cidades de Minas Gerais. O objetivo é desarticular um esquema criminoso que teria fraudado processos de licenciamento ambiental para atividades de mineração, resultando em um lucro estimado de R$ 1,5 bilhão, além de projetos em andamento avaliados em mais de R$ 18 bilhões.
Histórico de conflitos
Esta não é a primeira vez que João Alberto se envolve em controvérsias. Em março de 2024, ele já havia sido indiciado pela Polícia Civil de Minas Gerais por injúria e ameaça contra a secretária estadual de Meio Ambiente, Marília Carvalho de Melo. Na ocasião, enquanto presidia a Associação das Mineradoras de Ferros do Brasil, o ex-deputado enviou áudios à secretária protestando contra a demora na análise do licenciamento da empresa Fleurs Global, na Serra do Curral. Em uma das mensagens, chegou a dizer:
“Marília eu tentei ser cordial com você e não respondeu. Então minha amiga, bora lá uai, pra guerra, continuar sempre… Prepara-te.” O conteúdo foi considerado pelas autoridades como tentativa de intimidação e interferência indevida em processo administrativo. Agora, com a prisão no âmbito da Operação Rejeito, João Alberto volta ao centro das atenções em um dos maiores esquemas de fraude ambiental já investigados no estado.
