Brasão do município de Dores de Campos (Minas Gerais)
O Escudo:
Escudo português ou ibérico, também dito “redondo”, de uso predominante na Heráldica de Domínio no Brasil, por evocar nossas origens lusas, contendo os seguintes elementos:
Chefe, partido de dois, formando três campos, a saber:
No Primeiro, de blau (azul), um gibão de bandeirante em ouro, superposto a duas ferramentas de mineração, simbolizando os primeiros desbravadores da região, movidos pela busca do ouro.
Em campo amarelo esverdeado o símbolo do Cristianismo, a Cruz, com o sudário sobre o madeiro na transversal, indicando que Cristo vive.
No terceiro, uma lira de ouro em campo de blau (azul), evocando a arte musical, de tantas tradições e tão cultivada na cidade.
Campo Principal:
De ouro, carregado de uma figueira frondosa, de folhagem de sinopla (verde), tronco na sua cor, plantada na ponta do escudo em base também de sinopla.
A figueira, símbolo heráldico da vida doce tranquila, reveste-se de grande valor simbólico na atualidade. Numa época em que a natureza tem sofrido tantas agressões, feliz a cidade que possa ter o privilégio de escolher uma árvore como símbolo.
A par do significado ecológico deste tronco secular, heraldicamente a árvore representa a concórdia, porque todos os ramos se unem em um único tronco. Simboliza, ainda, a força, a solidez, o abrigo, além da sublimidade de um pensamento dirigido a uma empresa grandiosa. Esta árvore acha-se solidamente plantada no solo generoso de Minas Gerais.
Elementos externos:
Coroa mural de prata, de oito torres, sendo cinco aparentes, símbolo heráldico dos municípios. Forrada de Goles, mostra pelas portas abertas a vocação da cidade em acolher a todos os que buscam abrigo e segurança.
Suportes:
De cada lado, dispostas de maneira simétrica, duas antigas ferramentas básicas da indústria de calçados e de couro em geral, em que tanto destacou o Município, ou seja, um martelo de sapateiro e um “pé de ferro”.
Listel de goles contendo, no centro, o nome do Município, no lado destro (direito) a data 1.717 que nos remete ao inicio do povoamento da região e à senestra (esquerdo) a data 1.938, significando a emancipação como Município.