Dores de Campos amanheceu diferente. A cidade pequena, acostumada ao som manso das conversas na praça e ao ritmo tranquilo de quem conhece cada rosto, foi sacudida por um crime que ninguém esperava. Um jovem de apenas 21 anos teve sua história interrompida de forma brutal e, de repente, o silêncio que ficou parecia mais pesado do que qualquer palavra. É nessas horas que até o vento parece caminhar devagar pelas ruas. As pessoas falam mais baixo, os olhares se encontram tentando encontrar explicação onde não há. A pergunta que ecoa é a mesma: por quê? A violência, quando chega perto demais, faz a gente sentir que o chão treme um pouco.
Mas Dores de Campos é uma cidade de fé. Uma cidade que chora, sim, mas que também se abraça. Que se une. Que reza junto. Porque no meio desse cenário duro, há algo que não pode ser arrancado de nós: a esperança. E é ali, no coração abalado, que ressoa uma verdade que nunca perde força: “Jesus é o caminho, a verdade e a vida.” É esse lembrete que ilumina as ruas mesmo quando a noite parece mais escura. É essa certeza que consola as famílias, que acalenta os amigos, que dá coragem para seguir.
A fé não apaga a dor, mas faz com que ela não nos engula. A fé nos sustenta quando as perguntas não têm resposta. Dores de Campos chorou um jovem que se foi cedo demais. Mas não perdeu a fé. E enquanto houver fé, haverá também um amanhecer capaz de devolver um pouco de luz ao que a violência tentou escurecer. Porque aqui, no fundo de cada coração dorense, ainda vive a certeza de que a última palavra não é da maldade: é do amor. É da vida. É de Jesus.
Jornalista Ricardo Arruda.

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