A manhã deste sábado (27/05) foi bastante movimentada na região do Espaço Cultural da Figueira Encantada, com a realização das atividades em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. O evento foi organizado pela equipe do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), e além da distribuição de material educativo, os participantes dos projetos sociais desenvolvidos pela Prefeitura, também fizeram diversas apresentações culturais, como forma de sensibilizar a população dorense.
Segundo o prefeito Marcílio Cotta (PMDB), a “campanha teve o objetivo de mobilizar e convocar toda a sociedade a participar dessa luta e proteger nossas crianças e adolescentes, reafirmando a importância de se denunciar e responsabilizar os autores de violência sexual contra a população infanto-juvenil”, destacou.
Saiba mais:
No dia 18 de maio de 1973, uma menina de 8 anos foi sequestrada, violentada e cruelmente assassinada no Espirito Santo. Seu corpo apareceu seis dias depois carbonizado e os seus agressores, jovens de classe média alta, nunca foram punidos. A data ficou instituída como o “Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes” a partir da aprovação da Lei Federal nº. 9.970/2000. O “Caso Araceli”, como ficou conhecido, ocorreu há quase 40 anos, mas, infelizmente, situações absurdas como essa ainda se repetem.
Diferença entre Abuso e Exploração Sexual
O abuso sexual envolve contato sexual entre uma criança ou adolescente e um adulto ou pessoa significativamente mais velha e poderosa. As crianças, pelo seu estágio de desenvolvimento, não são capazes de entender o contato sexual ou resistir a ele, e podem ser psicológica ou socialmente dependentes do ofensor. O abuso acontece quando o adulto utiliza o corpo de uma criança ou adolescente para sua satisfação sexual. Já a exploração sexual é quando se paga para ter sexo com a pessoa de idade inferior a 18 anos. As duas situações são crimes de violência sexual.
Denúncias
No Brasil o “Disque 100”, criado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, é um serviço de recebimento, encaminhamento e monitoramento de denúncias de violência contra crianças e adolescentes. Os dados mostram que, de março de 2011 a março de 2017, o Disque recebeu 52 mil denúncias de violência sexual contra este público, sendo que 80% das vítimas são do sexo feminino.
O “Disque 100” funciona diariamente de 8 da manhã às 10 horas da noite, inclusive aos finais de semana e feriados. As denúncias são anônimas e podem ser feitas de todo o Brasil por meio de discagem direta e gratuita para o número 100 ou pelo endereço eletrônico: disquedenuncia@sedh.gov.br.
Os telefones do Conselho Tutelar dorense são: (32) 3353 1198 ou (32) 99803 3683 com Plantão 24 horas.